Síndrome de Burnout

Por muito tempo pesquisadores e especialistas que estudam doenças mentais têm trabalhado em uma definição clara para o termo burnout, levando em conta seus sintomas mais comuns.

Podemos definir o burnout como uma síndrome causada principalmente pela exposição ao estresse prolongado e repetitivo no local de trabalho, agravando-se ainda mais quando não é gerenciado de maneira adequada.

Contudo, burnout não é apenas o estresse relacionado ao ambiente de trabalho. O estresse é uma reação natural do organismo em determinadas situações. Essa resposta do nosso corpo nos ajudou a perpetuar a nossa espécie, principalmente nos tempos que o homem lutava contra animais pela sua sobrevivência.

Passar por situações que nos expõem a quantidades moderadas de estresse, seja na vida pessoal ou no trabalho pode até proporcionar resultados positivos. Contudo, qual a diferença? Quando esse estresse se torna perigoso ao ponto do burnout?

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Diferença Entre Estresse e Burnout

Alguns estudos mostraram que o estresse no cotidiano pode ajudar a aumentar a motivação de uma pessoa, melhorando seu desempenho mental no curto prazo. Esta foi a conclusão de um estudo da Universidade da Califórnia, Berkeley, liderado por Elizabeth Kirby.

"Algumas quantidades de estresse são boas para levar você ao nível ideal de alerta, desempenho comportamental e cognitivo", diz Kirby.

O ponto aqui está na exposição prolongada a esse estresse, e também na sua intensidade. O burnout surge quando o indivíduo é exposto ao limite, não conseguindo mais gerenciar tamanha carga e desgaste provocados pelo estresse.

A partir daí a pessoa perde capacidade cognitiva, tem sua psiquê afetada e já não consegue mais desempenhar suas tarefas com o mesmo rendimento. Além disso, o problema começa afetar a saúde, interferindo, assim, em todas as áreas de sua vida.

Como se Chega no Burnout?

A pressão constante de uma vida agitada aliada à cobrança excessiva no trabalho para ser cada vez mais produtivo, isso tudo por períodos prolongados, formam a combinação perfeita para desenvolver o burnout.

Estresse e cobrança, principalmente no trabalho, são comuns, e até certo ponto saudáveis, contudo, quando eles ultrapassam os limites que o indivíduo consegue tolerar, geram desgastes. Esse desgaste prolongado pode conduzir alguém facilmente ao burnout.

Sintomas Mais Comuns

Embora não queira dizer que as pessoas que apresentam esses sintomas estejam com burnout, os mais comuns dentre os diagnosticados são:

• Exaustão
• Fadiga constante
• Distúrbios do sono
• Desempenho reduzido
• Problemas de concentração e memória
• Incapacidade de tomar decisões
• Iniciativa e imaginação reduzidas
• Tensão muscular
• Aperto no peito
• Tontura
• Dor de cabeça
• Dor nas costas
• Problemas sexuais

O Burnout não é Causado Apenas Pelo Trabalho

O burnout não surge apenas no ambiente de trabalho estressante. Alguns relacionamentos também podem expor as pessoas a situações de estresse crônico, e possivelmente causar o burnout. Exemplos claros são casamentos desequilibrados e relações conturbadas entre pais e filhos.

O esgotamento não relacionado ao ambiente de trabalho é menos conhecido do que o causado pelo estresse na carreira profissional. Mas o esgotamento, de qualquer forma, pode ter consequências graves se não for tratado, levando inclusive ao abuso de drogas e outros tipos de vícios.. Discutir abertamente sobre o problema é frequentemente o primeiro passo para lidar com seus sintomas, obter a ajuda necessária e evitar resultados negativos mais profundos.

Como Se Recuperar Do Esgotamento

Do estresse mais tranquilo até o burnout, é possível gerenciar os esgotamentos gerenciado o agente estressor. Identificar quais áreas do seu trabalho, ou vida pessoal, estão causando estresse é essencial para superá-lo.

Obviamente, prevenir o esgotamento é o cenário ideal, além de procurar ajuda especializada. Contudo, as empresas podem fazer mudanças organizacionais eficientes para reduzir o estresse e melhorar o desempenho e qualidade de vida dos seus colaboradores, da seguinte maneira:

• Dando aos funcionários mais controle sobre as expectativas do seu desempenho
• Melhorando ambiente de trabalho reduzindo interrupções e ruídos
• Dando aos funcionários mais autonomia e flexibilidade nas rotinas de trabalho
• Melhore a luz no ambiente de trabalho, com ênfase na luz natural
• Criar um ambiente de trabalho que incentive a colaboração

Em alguns casos não é possível fazer alterações externar, contudo, existem algumas medidas que só dependem de nós mesmos. Priorizar a boa qualidade da rotina de sono é uma delas. O sono é vital para uma boa saúde física e mental, e a National Sleep Foundation descobriu que a falta de sono era um dos maiores preditores de burnout.

Fazer exercícios regularmente é a segunda dica. A eficácia da atividade física para o controle do estresse é comprovada cientificamente, portanto, procure montar uma rotina de treino dentro das suas possibilidades.

Pode ser uma caminhada, corrida, algum esporte que gosta, musculação, dança, enfim, qualquer atividade que movimente o corpo e que também requeira concentração.

Se não for possível a realização de atividade física, por conta de alguma condição de saúde ou outro motivo, procure por atividades alternativas para focar sua atenção, buscando promover momentos mais confortáveis e prazerosos regularmente.