Dependência Internet (mídias sociais e jogos online)

Os videogames capturaram a imaginação dos jovens e adultos desde a década de 70, com a introdução de jogos muito simples, porém bastante atrativos. Embora os recursos gráficos desses programas fossem bastante básicos e sem muitos enfeites, muitas crianças, adolescentes e adultos rapidamente ficaram encantados com esse novo passatempo.

Não demorou muito e os videogames mostraram todo o seu potencial de consumir boa parte do tempo dos jogadores enquanto eles tentavam repetidamente vencer a máquina, ou outros jogadores.

Assim como qualquer outro meio utilizado para recreação, como jogos de apostas, álcool ou drogas lícitas ou ilícitas, o vício em videogame logo apareceu.

O vício tem sido reconhecido como um processo semelhante ao jogo compulsivo, em que a “corrida” para ganhar, o desafio de vencer, ou de se descobrir novos cenários, se torna uma das principais motivações para jogar compulsivamente.

Quando o Jogo se Torna um Vício

No início dos jogos eletrônicos a maioria deles apenas estava disponível em máquinas de fliperama, que, em decorrer da época e dos modelos de negócio, não eram acessíveis 24 horas. Hoje em dia eles estão mais acessíveis do que nunca, quando, onde e como o jogador preferir.

Os videogames se tornaram muito mais elaborados, com mundos alternativos, vários personagens e histórias bem envolventes. Proporcionando uma verdadeira imersão para aqueles que preferem gastar horas em casa se divertindo, como uma alternativa á sair para uma boate, cinema, ou qualquer outro compromisso social.

Porém, nem tudo são flores, quando o jogo se torna um vício, toda essa magia e encanto se transformam em pesado. Nem todos os pesquisadores concordam que o videogame é uma atividade prejudicial ou viciante por si só.

Muitas pessoas, incluindo pais e especialistas no cuidado infanto-juvenil, acreditam que os videogames expandem a imaginação, dão às pessoas a oportunidade de trabalhar em colaboração e aprimoram as habilidades motoras e cognitivas.

No entanto, quando os players passam a maior parte do tempo em frente a uma tela, deixando de lado seus trabalhos escolares, exercícios físicos, eventos familiares ou atividades sociais, já não se pode afirmar que exista benefícios nos jogos, dentro deste cenário.

Quando as Redes Sociais se Tornam um Vício

As mídias sociais, como Facebook, Instagram, Twitter, dentre tantas outras que nascem cada vez mais rápido e com maior frequência, surgiram como uma maneira de as pessoas se conectarem com família, amigos, outros profissionais, mesmo que estivessem separados por milhares de quilômetros.

Assim como nos games, as redes sociais mudaram bastante. Agora o seu uso se dá através de várias maneiras diferentes e com muito, mas muito mais frequência. Por exemplo, empresas, ongs, artistas e partidos políticos usam perfis em redes sociais como uma maneira de alcançar o seu público, e de diversas maneiras.

Neste meio tempo, pessoas de todas as idades e estilos usam as redes sociais como uma página de recados virtual, uma espécie de diário e vitrine ao mesmo tempo, documentando todos os detalhes da sua vida, até mesmo alguns que não deveriam ser expostos.

Existem os influencers, com grandes seguidores nos seus canais, que usam seu alcance como uma maneira de promover um produto, serviço ou grupo através das mídias sociais e obter apoio para isso. A mídia social é até um recurso valioso e um meio de conectar populações isoladas com outras partes do mundo.

Quando Começar a se Preocupar?

O uso excessivo dificilmente é notado por quem está começando, ou já vem abusando bastante, de jogos ou até mesmo das mídias sociais. É mais comum que pessoas do seu convívio, sejam familiares ou amigos, notem o possível começo de um vício em jogos eletrônicos ou redes sociais.

Contudo, tente prestar atenção á alguns sinais bem clássicos, que surgem quando alguém “passa do ponto” com a internet:

• Permanece conectado tanto tempo que não percebe a hora passando
• Ouvir com frequência outras pessoas reclamarem de quanto tempo você gasta online
• Toda vez que precisa sair usa a famosa desculpa do “só mais alguns minutos”
• Tenta, mas não consegue reduzir quanto tempo gasta online
• Esconde dos outros que passa horas jogando ou navegando nas mídias sociais

Como Tratar o Vício em Mídias Sociais e Jogos

O vício em mídia sociais ou jogos é um problema sério de saúde, porém é visto separado dos demais; o que é errado. Esse tipo de dependência digital faz a pessoa queira voltar às mídias sociais, de tal forma que não consegue mais dosar o uso.

Apesar de ser tão prejudicial quando um vício em álcool, por exemplo, o vício em redes sociais e videogames é mais simples de ser tratado. Não precisa eliminar o Facebook da sua vida ou aquele jogo favorito para controlar o seu vício. É preciso aprender a usá-los com moderação. Aqui estão algumas dicas de especialistas:

• Limite os horários do dia em que você verifica suas contas de mídia social
• Converse mais com as pessoas pessoalmente em vez de enviar mensagens de texto
• Evite a mídia social inteiramente quando estiver com amigos ou familiares
• Incentive seus amigos com atividades fora da internet para aproveitar seu tempo juntos
• Procure ajuda profissional para lidar com o vício.

Conheça Outros Tratamentos

Borderline é o nome comum para o transtorno de personalidade limítrofe. Esse é um distúrbio mental que afeta a maneira como a pessoa pensa e sente sobre si mesma e sobre os outros. As consequências podem incluir vários problemas em todas as esferas da vida, como autoimagem, dificuldade em gerenciar emoções e comportamentos.

Conheça mais sobre o tratamento para borderline e como funciona a doença.